quinta-feira, 7 de março de 2013

Mutum do Norte Uma das Aves Ameaçadas de Extinção



Mutum do norte Pauxi tomentosum

O Mutum do Norte é uma espécie de ave da família Cracidae galliforme encontrado no norte do Brasil, Colômbia leste, oeste Guiana e sul da Venezuela. Não há subespecies conhecida.
A família Cracidae, incluída na Ordem Galliformes, abriga nove gêneros (Ortais, Penelope, Aburria, Chamaepetes, Penelopina, Oreophasis, Nothocrax, Crax e Pauxi) e aproximadamente 50 espécies. Pertencem à irradiação mais antiga da avifauna do hemisfério sul, aparentemente, com origem no Cretáceo. O fóssil mais antigo atribuído à família é datado do Eoceno. Outros fósseis com aproximadamente 30 milhões de anos (Oligoceno), enconrados nos Estados Unidos, apresentam características semelhamtes às encontradas nas espécies atuais do gênero Ortalis. No Brasil os fósseis mais antigos são datados do Pleistoceno, com aproximadamente 20 mil anos e apresentam características que alguns autores os relacionam aos gêneros atuais Crax e Penelope.
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Os representantes da família Cracidae apresentam características bastante homogêneas, como os demais representantes da Ordem Galliformes; contudo podem ser reconhecidos em quatro formas distintas, conhecidas popularmente como: “aracuãs”, “jacus”, “jacutingas” e “mutuns”. São aves relativamente grandes e fortes, podendo chargar a 92 cm e pesar 4800 g, como Crax Rubra, e a menor espécie dentro da família (Ortalis superciliaris) possui em média 400 g e 42 cm de comprimento. Em geral, possuem a cabeça pequena, adornada por um penacho ou crista (mais destacado nas jacutingas e mutuns) e o pescoço longo, com uma babela vivamente colorida, como nos jacus jacutingas. Na maioria dos grupos, o bico é fraco e levemente recurvado, embora exista grande variação no tamanho. Além disso, a ranfoteca e o ceroma dos Cracidae possuem colorações vivas e distintas, além de apresentar uma intumescência na maxila superios ou em ambas, como em alguns representantes dos gêneros Pauxi e Crax.
De uma forma geral, os Cracidae possuem o corpo arredondado, a cauda longa e arredondada na sua extremidade e, as asas grandes e fortes apresentam as primárias modificadas, com os vexilos externos bem afilados. Essa assimetria em algumas penas está relacionada à produção de sons quando as aves voam de uma árvore à outra, chamdo pelos pesquisadores de “rasgar ou riscar de asas”, bastante característicos dentro do grupo. Os tarsometataros também apresentam colorações distintas, podendo varia do tom amarelado, córneo-avermelhado ao cinza-escuro, sendo que nas espécies mais terrícolas (mutuns) são os mais longos e nas mais arborícolas (aracuâs, jacus e jacutingas) os mais curtos. Possuem os dedos compridos, adaptados a empoleirar-se até mesmo em galhos mais finos. A plumagem pode variar do marrom pardo, marcado por estrias, ao negro brilhante, especialmente nos representantes dos gêneros Aburria, Oreophasis e Crax, a plumagem críptica é considerada ancestral com relação à plumagem negra iridescente, marcada de branco, que parece ter surgido como uma tendência evolutiva para o display dentro da família.
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São os principais representantes da Ordem Galliformes com hábito arborícola, tendo a msculatura peitoral bem desenvolvida, embora a maioria das espécies tenha capacidade de vôo reduzida. Alimentam-se preferencialmente de frutos, folhas e sementes, mas podem variar a dieta predando pequenos invertebrados. Os representantes do gênero Penelope e Aburria tendem a buscar as folhas e frutos no alto das árvores, enquanto que os dos gêneros Ortalis, Crax, e Pauxi buscam frequentemente o alimento caído no solo. Os Cracídeos são importantes dispersores de sementes, sendo as espécies arborícolas as mais eficientes nesse papel, contribuindo fortemente na manutenção e regeneração de florestas. As espécies terrícolas e de maior porte (os mutuns) sãoconsideradas mais destruidoras do que dispersoras de sementes.
Os Cracidae são sensíveis à degradação florestal, sendo considerados “bioindicadores de habitats”. As aves de grande porte, como os mutuns, e as jacutingas, necessitam de grandes áreas em bom estado de conservação, onde existam árvores frutíferas de grande porte, além de oorrerem em baixa densidade populacional.  Além disso, os Cracidae pertencem ao grupo das mais importantes aves cinegéticas, servindo como fonte alimentar de diversas comunidades tradicionais e indígenas Neotropicais. Atualmente, fazem parte do grupo de aves mais ameaçadas de toda a América Latina, em decorrência da caça indiscriminada e do desmatamento. Mais de um terço das espécies está ameaçada de extinção e as demais se encontram com status vulnerável ou em perigo.
Os Cracídeos são em sua maioria monogâmicos, com o macho e a fêmea participando da confecção dos ninhos, os quais são construídos na maioria das vezes, no alto das árvores. A postura varia de dois a quatro ovos de coloração branca e a incubação dura em média 27 dias, podendo chegar a 32 dias. Os filhotes já nascem bem desenvoldidos, de olhos abertos, e com a plumagem críptica.
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O comprimento médio do Pauxi tomentosum é de 84 cm. A plumagem azul-preto, o seu lado, barriga e ponta da cauda marrom. O bico é suavemente arqueado e comprimido vermelho. As pernas são de cor laranja.
As fêmeas são um pouco menores e diferentes na aparência. O macho é entre 77 cm e 93 cm e pesa entre 2 a 3 kg (nas espécies maiores). Bico semelhante a galinhas domésticas, curto e forte, ligeiramente curvo deprimido. As penas são geralmente bonitas e nutridas. A moela de Mutun do Norte é pesado, tem músculos fortes e um revestimento áspero e tesão.
Eles têm grandes pernas fortes particularmente adequados para a locomoção terrestre e movimento ao longo dos galhos das árvores, com três dedos da frente e um esporão forte, tudo na mesma altura. As asas são relativamente curtas e arredondadas. Seu vôo é baixo e de curta duração, horizontalmente. Os machos produzem um zumbido (vocalização) de muito baixa frequência, que é a sua canção territorial. Durante a estação seca são agrupados 4-12 aves, mas o resto do ano são separados e estão em casais ou indivíduos, mesmo solitários.
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Eles vivem na floresta tropical perto de riachos, do sul do México até o Brasil e Paraguai. Eles se alimentam de frutas, sementes, ervas e (algumas espécies) de insetos. Devido às suas características de "espécies-chave" são ecologicamentes importantes como dispersores de sementes de uma variedade de plantas e também como densidade conservador equlibrio planta, e impacto econômico e cultural como fonte de proteína para as populações humanas.
Eles são monogâmicos. Eles constroem seus ninhos em depressões do solo que, em seguida, cobertos com trepadeiras, galhos e penas ou 3-6 metros a uma árvore por uma cama de folhas e ramos com uma depressão no centro. Neste pôr ovos 2-5. Quando os filhotes nascem cobertos com baixo denso que lhes proporciona uma camuflagem eficaz, podem imediatamente a seguir a sua mãe para se alimentar e proteção, e 20 dias pode voar.

Um comentário:

Angela disse...

uma ave muito bonita, pena que tem pessoas que precisam se alimentar com ela

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