terça-feira, 21 de maio de 2013

Castanha do Brasil



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Uma das espécies nativas mais valiosas da floresta amazônica de terra firme é a castanha-do-brasil ou castanha-da-amazônia (Bertholletia excelsa), utilizada há várias gerações como fonte de alimentação e renda. Apresenta rusticidade, crescimento relativamente rápido e características adequadas da madeira, sendo uma das mais importantes espécies para programas de reflorestamento na Amazônia.

Também conhecida como castanha-do-pará, é árvore de grande porte, copa grande e emergente; fuste retilíneo, com desrama natural de galhos em plantios, formando um eixo ortotrópico de excelente forma para a indústria. Geralmente as castanheiras são encontradas em grupos, formando os conhecidos "castanhais".

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O fruto da castanheira, comumente chamado "ouriço", pode pesar de 500g a 1.500g. A amêndoa presente no interior da semente é utilizada como alimento e considerada uma das proteínas vegetais das mais completas, possuindo alto valor nutritivo. É rica em cálcio e fósforo, essenciais na alimentação infantil, possuindo elevado índice de magnésio e potássio, minerais importantes para o equilíbrio da saúde. Pesquisas recentes descobriram também que a amêndoa é rica em selênio; mineral de ação rejuvenescedora e energética.

A constante da exploração em áreas de florestas primárias segue métodos considerados muito agressivos e prejudiciais ao seu melhor desenvolvimento. E, cada vez ampliando seu espaço como forma alternativa de uso do solo os estudos com sistemas agroflorestais (SAFs) procuram fornecer uma resposta adequada para tal fim. Na região Amazônica estudos abordando o lado das interações são poucos e no caso de uso de componentes madeiráveis em consórcio os registros são mais escassos ainda.

A castanha-do-brasil e a cupiúba são espécies que ocorrem em toda a região Amazônica, abrangendo, no Brasil, os estados de Roraima, Rondônia, Acre, Amazonas, Pará e norte dos estados de Goiás e Mato Grosso, tendo como habitat preferido as matas de terra firme.
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Ambas as espécies, fornecem madeira de boa qualidade, porém, o abate de árvores de castanheiras em florestas naturais, é proibido por lei, na medida em que servem de sustentação e subsistência para as populações que vivem à base do extrativismo, desempenhando papel fundamental na organização sócio econômica de grandes áreas extrativistas da floresta Amazônica. Desta forma, se torna opção natural para o reflorestamento de áreas alteradas em plantios puros ou sistemas consorciados.

Em geral, as castanheiras começam a frutificar aos oito anos de idade, atingindo aos doze anos a regularidade na produção. É uma espécie nativa de grande potencial para sistemas agroflorestais (SAFs) na Amazônia.

As castanhas são sementes de forma angulosa que tem uma amêndoa branca, gordurosa, nutritiva e saborosa, de alto valor econômico.

A noz da castanheira (fruto) é superpoderosa. Possui nutrientes como ácidos graxos, vitaminas B e E, proteína, fibras, cálcio, fósforo e magnésio. Mas a grande estrela é o selênio, um mineral altamente antioxidante que garante longevidade. Um estudo da Universidade de Otago, na Nova Zelândia, afirma que
 a ingestão diária de duas castanhas-do-Brasil eleva em 65% o teor de selênio no sangue. No entanto, as castanhas produzidas no Norte e no Nordeste do Brasil são tão ricas em selênio que bastaria uma unidade para tirar o mesmo proveito. A recomendação é de que um adulto consuma, no mínimo, 55 microgramas por dia.
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O selênio combate, por exemplo, o envelhecimento das células causado principalmente pelos radicais livres e previne o aparecimento de tumores e doenças neurodegenerativas, como mal de Alzheimer e esclerose múltipla. A tireoide funciona a pleno vapor na presença do mineral: se não fosse ele, os famosos hormônios fabricados pela glândula não existiriam. Mas não vá com muita sede ao pote: "Como qualquer oleaginosa, essa noz é rica em gorduras. Cerca de 70% de sua composição é de ácidos graxos insaturados, como os ômegas 3 e 6, as chamadas gorduras do bem". Mesmo assim, em excesso, contribui para o aumento de peso. Uma única unidade contém 27 calorias.
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domingo, 24 de março de 2013

O Boto Cor de Rosa - Inia geoffrensis



Delfins
  
Foto Lima, T. L. M.
Existem 37 espécies conhecidas de golfinhos dentre os de água salgada e água doce, os golfinhos ou delfins são animais cetáceos pertencentes à família Delphinidae. Eles são perfeitamente adaptados para viver no ambiente aquático.



Definição de animais cetáceos: os cetáceos (latim científico: Cetacea) constituem uma ordem de animais aquáticos, porém, pertencentes à classe dos mamíferos. O nome da ordem deriva do grego ketos que significa monstro marinho.
Tal como todos os mamíferos, os cetáceos respiram ar por pulmões, são de sangue-quente (i.e., endotérmicas) e amamentam os juvenis, mas têm muito poucos pelos.

As adaptações dos cetáceos a um meio completamente aquático são bastante notórias: o corpo é fusiforme, assemelhando-se ao de um peixe. Os membros anteriores, também chamados barbatanas ou nadadeiras, são em forma de remo. A ponta da cauda possui dois lobos horizontais, que proporcionam propulsão por meio de movimentos verticais. Os cetáceos não possuem membros posteriores, alguns pequenos ossos dentro do corpo são o que resta da pélvis.
Debaixo da pele existe uma camada de gordura. Serve como reservatório de energia e também como isolamento. Os cetáceos possuem um coração de quatro cavidades. As vértebras do pescoço estão fundidas na maior parte dos cetáceos, o que fornece estabilidade durante a natação à custa da flexibilidade.
Os cetáceos respiram por meio de espiráculos localizados no topo da cabeça, o que permite ao animal ficar submerso.

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São exímios nadadores, às vezes, saltam até cinco metros acima da água, chegam a atingir uma velocidade de até 40 km/h e mergulhar a grandes profundidades. Sua alimentação consiste basicamente de peixes e lulas. Podem viver de 20 a 35 anos e dão à luz um filhote de cada vez. Vivem em grupos, são animais sociáveis, tanto entre eles, como com outros animais e humanos.
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Sua excelente inteligência é motivo de muitos estudos por parte dos cientistas. Em cativeiro é possível treiná-los para executarem grande variedade de tarefas, algumas de grande complexidade. São extremamente brincalhões, pois nenhum animal, exceto o homem, tem uma variedade tão grande de comportamentos que não estejam diretamente ligados às atividades biológicas básicas, como alimentação e reprodução. Possuem o extraordinário sentido de ecolocalização ou biossonar ou ainda orientação por ecos, que utilizam para nadar por entre obstáculos ou para caçar suas presas.
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Os representantes dos golfinhos de água doce na Amazônia são chamados de botos, existem muitas lendas e mitos sobre esses animais, mas nosso proposito hoje é sobre suas características.
Na Amazônia existem duas espécies de golfinhos: o boto-cinza ou tucuxi (Sotalia fluviatilis, da família Delphinidae), e o boto-vermelho ou boto-cor-de-rosa (Inia geoffrensis), da família Platastanidae, de água doce, é endêmico dos rios da Amazônia, e está colocado na categoria "vulnerável" da União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais.
Por ser endêmico da região Amazônica voltaremos nossa atenção a essa espécie.
NOME CIENTÍFICO: Inia geoffrensis
NOME EM INGLÊS: Pink Dolphin
OUTROS NOMES: Golfinho do Rio Amazonas; Boto cor-de-rosa; Bufeo; Tonina; Golfinho rosa; Toninha rosa; Boto-vermelho.
FILO: Chordata
CLASSE: Mammalia
ORDEM: Cetacea
FAMÍLIA: Platanistidae
TAMANHO: 1,8 a 2,5 metros
PESO NO NASCIMENTO: mais ou menos 7 quilos.
PESO ADULTO: 85 a 160 quilos

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Seu corpo é granuloso, com nadadeiras dianteiras muito grandes e bico denteado, longo e estreito. Uma das características são os pelos modificados (vibrissas) sobre a parte superior do bico, que provavelmente têm função tátil. Depois de anos de isolamento nas águas turvas do rio, a seleção natural permitiu que o senso de visão se reduzisse um pouco, e daí resultaram olhos que são muito menores que os dos distantes golfinhos do mar. O Boto da Amazônia apresenta uma saliência na cabeça, o "melão", por onde emite ondas ultrassonoras. Estas ondas refletem sobre os corpos sólidos, retornando como eco, orientando o boto, perfeitamente, em águas negras ou barrentas, com reduzida ou até nenhuma visibilidade.

Ilustração animada do golfinho utilizando a ecolocalização
 para capturar um peixe

Juntam-se para se alimentar e acasalar. Eles são os nadadores normalmente lentos, mas capaz de chegar a pequenas velocidades, até 23 km/h. O Boto é uma criatura curiosa, a respiração, às vezes, barulhenta pode se elevar até 2 metros (o esguicho de água). Ativo sobre tudo no amanhecer e entardecer, ele salta, às vezes, mais de um metro. Os botos, como seus parentes no mar, possuem atitudes amistosas em relação ao homem e dão prova de grande inteligência vê vídeo.
Existe o boto cor-de-rosa e o boto branco ou tucuxi. O jovem nasce cinzento e vira um cor-de-rosa manchado quando eles ficam maduros. A coloração pode variar bastante com a idade, atividade e local em que o animal vive e está ligada com a irrigação sanguínea dos vasos subcutâneos.
Surgimento do nome: Os índios de Guarayo da Bolívia chamavam este golfinho Inia. Quando Geoffroy St. Hilaire o encontrou usando o nome dos índios para a classificação do gênero. Após a expedição de Jacques Cousteau, esse boto foi impropriamente denominado de "boto-cor-de-rosa". Porém, o Inia sempre foi conhecido como boto-vermelho, tanto pelos ribeirinhos, como pelos pesquisadores do INPA, e a nova denominação causou insatisfação.
Os botos apresentam uma particularidade: sua genitália é semelhante à do homem e da mulher. Daí existirem estórias a respeito de relações sexuais entre homens e fêmeas do boto, e mulheres com o boto macho.