Vitória-régia
Planta aquática amazônica que apresenta uma
grande folha em forma de círculo e possui sua borda dobrada, pertence à família
Nymphaeaceae, sua folha fica flutuando na superfície da água, algumas dessas
podem chegar a ter até 2,5 metros de diâmetro, é considerada uma das maiores
plantas aquáticas do mundo, suas folhas são muito resistente chegando a
suportar até 40 quilos sobre a sua folha, pássaros com hábitos alimentares
aquáticos sempre pousam sobre sua folha, é nativa da bacia do Rio Amazonas.
A folha de Victoria amazonica é
considerada medicinal (depurativa e cicatrizante). O suco serve para tingir o
cabelo de preto e dar brilho, serve também para o curtimento de peles e couros
finos. A semente do tamanho de um grão de ervilha é comestível, sendo rica em
ferro e amido, estoura no calor e é saborosa, como pipoca, sendo também é alimento
de juritis e roedores. O rizoma e o pecíolo também são comestíveis.
Seu nome científico é Victoria
amazônica, é uma herbácea aquática fixa, quase sempre encontrada em
águas calmas e com temperatura em torno de 26 a 30 ºC, sendo originária da
região equatorial da Bacia do Rio Amazonas. Essa espécie também ocorre no
Pantanal e na Bacia do Paraguai. Em 1836 a planta foi descrita como Euryale
amazonica, mas depois de quatorze anos houve mudança para o gênero Victoria.
O nome do gênero Victoria foi atribuído por Lindley em outubro de 1837, em
homenagem à Rainha Victoria da Inglaterra.
Suas sementes foram levadas para
Inglaterra, e cultivadas nos jardins Victorianos, foi alvo de disputa entre
jardineiros victorianos de dois Duques o Devonshire, e do duque de
Northumberland, estes queriam mostrar plantas exóticas e belas para a rainha,
por ser uma planta nativa da região de clima quente, foi muito difícil o
cultivo neste país, mas em novembro do ano de 1849 o jardineiro Joseph Paxton
conseguiu reproduzir a planta para o Duque de Devonshire, não foi fácil no
inverno na Inglaterra com apenas carvão caldeiras para o aquecimento em estufa.
Joseph Paxton observando a superfície
inferior, que apresenta nervuras, e raízes perpendiculares, com forte coloração
vermelha indo para o preto, teve a ideia para construção do grande Palácio de Cristal, um prédio de quatro vezes o tamanho de São Pedro, em Roma.
Palácio de Cristal |
Longos,
espinhentos e flexíveis pecíolos ligam as folhas ao grande rizoma da planta que
permanece submerso e enterrado no fundo do lago ou rio. As flores são lindas,
grandes e perfumadas e surgem no verão, durando apenas 48 horas. No primeiro
dia da floração elas se mostram brancas e no segundo dia, o da polinização,
elas se tornam róseas. O besouro responsável pela polinização da Vitória-régia
entra na flor no primeiro dia, após o desabrochar, que ocorre no final da
tarde, e acaba prisioneiro até o dia seguinte, pois a flor se fecha durante a
noite. Após a polinização a flor volta para dentro do lago, para a formação do
fruto, do tipo baga, que amadurece em 6 semanas. As sementes produzidas são
comestíveis e envoltas por uma espécie de esponja que permite sua flutuação.
O rizoma da planta é rico em amido e
sais minerais, e é utilizado como alimento pelos índios. A cada ano de idade da
planta ele aumenta suas reservas e com isto a planta cresce. A vitória-régia é
uma planta de cultivo delicado, visto que só vegeta sob o calor equatorial e
tropical, não tolerando o frio. Em países de clima frio ela só pode ser
cultivada em estufas com água e ambientes aquecidos.
Um comentário:
gracias
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