sábado, 9 de março de 2013

Vídeo e Reportagem Alertam sobre as Condições da Amazônia



Desmatamento gera perda irreversível da biodiversidade na Amazônia, avaliam Especialistas.

Nielmar de Oliveira
Enviado especial

Manaus – O desmatamento na Região Amazônica causa prejuízos irreversíveis para a biodiversidade, segundo pesquisadores do Instituto de Pesquisas da Amazônia (Inpa) e do Museu Paraense Emílio Goeldi. Na avaliação da pesquisadora do Goeldi, Ana Luisa Albernaz, as áreas protegidas legalmente no país têm pouco apoio e ao longo da cabeceira do Rio Solimões, por exemplo, quase não existem áreas de proteção.

"Os conservacionistas acabam optando por proteger áreas distantes do ambiente de várzea, preferindo trabalhar onde não existe ocupação do homem. É preciso fazer algo em relação à perda da biomassa e da biodiversidade provocada pelos desmatamentos", afirma.

A pesquisadora abordou a questão por ocasião da mesa redonda "Integridade Biótica na Amazônia", quando se destacou o fato de que os ecossistemas e a biodiversidade da Amazônia vêm sendo influenciados negativamente pelo processo de ocupação regional, sendo que mais de 12% da floresta já foi derrubada nas últimas décadas. Destacou-se, ainda, o fato de que as áreas desmatadas se encontram em diferentes estados de degradação tanto do solo como da biodiversidade animal e vegetal.

Para o pesquisador do Inpa, Antônio Manzi, "existe uma relação direta entre o desmatamento e as mudanças climáticas, com alterações inclusive no regime pluviométrico da Amazônia". Ao concluir a palestra, o coordenador da mesa redonda, o pesquisador Luiz Antônio Oliveira, também do Inpa, afirmou que o segredo da sustentabilidade é também um problema de escala biotecnológica. "O desmatamento provoca mudanças climáticas, alterações na biodiversidade da flora e da fauna, e alcança, até mesmo, os microorganismos e enzimas existentes no ambiente da região", afirma.

Data da publicação: 13/12/2005 - 12h15
Fonte: Empresa Brasil de Comunicação

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