Delfins
Foto Lima, T. L. M. |
Existem 37 espécies conhecidas de golfinhos dentre
os de água salgada e água doce, os golfinhos ou delfins são animais cetáceos
pertencentes à família Delphinidae. Eles são perfeitamente adaptados para viver
no ambiente aquático.
Definição de animais cetáceos: os cetáceos (latim
científico: Cetacea) constituem uma ordem de animais aquáticos, porém,
pertencentes à classe dos mamíferos. O nome da ordem deriva do grego ketos que
significa monstro marinho.
Tal como todos os mamíferos, os cetáceos respiram ar
por pulmões, são de sangue-quente (i.e., endotérmicas) e amamentam os juvenis,
mas têm muito poucos pelos.
As adaptações dos cetáceos a um meio completamente
aquático são bastante notórias: o corpo é fusiforme, assemelhando-se ao de um
peixe. Os membros anteriores, também chamados barbatanas ou nadadeiras, são em
forma de remo. A ponta da cauda possui dois lobos horizontais, que proporcionam
propulsão por meio de movimentos verticais. Os cetáceos não possuem membros
posteriores, alguns pequenos ossos dentro do corpo são o que resta da pélvis.
Debaixo da pele existe uma camada de gordura. Serve
como reservatório de energia e também como isolamento. Os cetáceos possuem um
coração de quatro cavidades. As vértebras do pescoço estão fundidas na maior
parte dos cetáceos, o que fornece estabilidade durante a natação à custa da
flexibilidade.
Os cetáceos respiram por meio de espiráculos
localizados no topo da cabeça, o que permite ao animal ficar submerso.
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São exímios nadadores, às vezes, saltam até cinco
metros acima da água, chegam a atingir uma velocidade de até 40 km/h e
mergulhar a grandes profundidades. Sua alimentação consiste basicamente de
peixes e lulas. Podem viver de 20 a 35 anos e dão à luz um filhote de cada vez.
Vivem em grupos, são animais sociáveis, tanto entre eles, como com outros
animais e humanos.
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Sua excelente inteligência é motivo de muitos
estudos por parte dos cientistas. Em cativeiro é possível treiná-los para
executarem grande variedade de tarefas, algumas de grande complexidade. São
extremamente brincalhões, pois nenhum animal, exceto o homem, tem uma variedade
tão grande de comportamentos que não estejam diretamente ligados às atividades
biológicas básicas, como alimentação e reprodução. Possuem o extraordinário
sentido de ecolocalização ou biossonar ou ainda orientação por ecos, que
utilizam para nadar por entre obstáculos ou para caçar suas presas.
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Os representantes dos golfinhos de água doce na
Amazônia são chamados de botos, existem muitas lendas e mitos sobre esses
animais, mas nosso proposito hoje é sobre suas características.
Na Amazônia existem duas espécies de golfinhos: o
boto-cinza ou tucuxi (Sotalia
fluviatilis, da família Delphinidae), e o boto-vermelho ou boto-cor-de-rosa
(Inia geoffrensis), da família
Platastanidae, de água doce, é endêmico dos rios da Amazônia, e está colocado
na categoria "vulnerável" da União Internacional para a Conservação
da Natureza e dos Recursos Naturais.
Por ser endêmico da região Amazônica voltaremos
nossa atenção a essa espécie.
NOME CIENTÍFICO: Inia
geoffrensis
NOME EM INGLÊS: Pink Dolphin
OUTROS NOMES: Golfinho do Rio Amazonas; Boto
cor-de-rosa; Bufeo; Tonina; Golfinho rosa; Toninha rosa; Boto-vermelho.
FILO: Chordata
CLASSE: Mammalia
ORDEM: Cetacea
FAMÍLIA: Platanistidae
TAMANHO: 1,8 a 2,5 metros
PESO NO NASCIMENTO: mais ou menos 7 quilos.
PESO ADULTO: 85 a 160 quilos
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Seu corpo é granuloso, com nadadeiras dianteiras
muito grandes e bico denteado, longo e estreito. Uma das características são os
pelos modificados (vibrissas) sobre a parte superior do bico, que provavelmente
têm função tátil. Depois de anos de isolamento nas águas turvas do rio, a
seleção natural permitiu que o senso de visão se reduzisse um pouco, e daí
resultaram olhos que são muito menores que os dos distantes golfinhos do mar. O
Boto da Amazônia apresenta uma saliência na cabeça, o "melão", por
onde emite ondas ultrassonoras. Estas ondas refletem sobre os corpos sólidos,
retornando como eco, orientando o boto, perfeitamente, em águas negras ou
barrentas, com reduzida ou até nenhuma visibilidade.
Ilustração animada do golfinho utilizando a ecolocalização para capturar um peixe |
Juntam-se para se alimentar e acasalar. Eles são os
nadadores normalmente lentos, mas capaz de chegar a pequenas velocidades, até
23 km/h. O Boto é uma criatura curiosa, a respiração, às vezes, barulhenta pode
se elevar até 2 metros (o esguicho de água). Ativo sobre tudo no amanhecer e
entardecer, ele salta, às vezes, mais de um metro. Os botos, como seus parentes
no mar, possuem atitudes amistosas em relação ao homem e dão prova de grande
inteligência vê vídeo.
Existe o boto cor-de-rosa e o boto branco ou tucuxi.
O jovem nasce cinzento e vira um cor-de-rosa manchado quando eles ficam
maduros. A coloração pode variar bastante com a idade, atividade e local em que
o animal vive e está ligada com a irrigação sanguínea dos vasos subcutâneos.
Surgimento do nome: Os índios de Guarayo da Bolívia
chamavam este golfinho Inia. Quando Geoffroy St. Hilaire o encontrou usando o
nome dos índios para a classificação do gênero. Após a expedição de Jacques
Cousteau, esse boto foi impropriamente denominado de
"boto-cor-de-rosa". Porém, o Inia sempre foi conhecido como
boto-vermelho, tanto pelos ribeirinhos, como pelos pesquisadores do INPA, e a
nova denominação causou insatisfação.
Os botos apresentam uma particularidade: sua
genitália é semelhante à do homem e da mulher. Daí existirem estórias a
respeito de relações sexuais entre homens e fêmeas do boto, e mulheres com o
boto macho.