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Uma das espécies nativas mais valiosas da floresta
amazônica de terra firme é a castanha-do-brasil ou castanha-da-amazônia (Bertholletia
excelsa), utilizada há várias gerações como fonte de alimentação e renda.
Apresenta rusticidade, crescimento relativamente rápido e características
adequadas da madeira, sendo uma das mais importantes espécies para programas de
reflorestamento na Amazônia.
Também conhecida como castanha-do-pará, é árvore de
grande porte, copa grande e emergente; fuste retilíneo, com desrama natural de
galhos em plantios, formando um eixo ortotrópico de excelente forma para a
indústria. Geralmente as castanheiras são encontradas em grupos, formando os
conhecidos "castanhais".
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O fruto da castanheira, comumente chamado
"ouriço", pode pesar de 500g a 1.500g. A amêndoa presente no interior
da semente é utilizada como alimento e considerada uma das proteínas vegetais
das mais completas, possuindo alto valor nutritivo. É rica em cálcio e fósforo,
essenciais na alimentação infantil, possuindo elevado índice de magnésio e
potássio, minerais importantes para o equilíbrio da saúde. Pesquisas recentes
descobriram também que a amêndoa é rica em selênio; mineral de ação rejuvenescedora
e energética.
A constante da exploração em áreas de florestas
primárias segue métodos considerados muito agressivos e prejudiciais ao seu
melhor desenvolvimento. E, cada vez ampliando seu espaço como forma alternativa
de uso do solo os estudos com sistemas agroflorestais (SAFs) procuram fornecer
uma resposta adequada para tal fim. Na região Amazônica estudos abordando o
lado das interações são poucos e no caso de uso de componentes madeiráveis em
consórcio os registros são mais escassos ainda.
A castanha-do-brasil e a cupiúba são espécies que
ocorrem em toda a região Amazônica, abrangendo, no Brasil, os estados de
Roraima, Rondônia, Acre, Amazonas, Pará e norte dos estados de Goiás e Mato
Grosso, tendo como habitat preferido as matas de terra firme.
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Ambas as espécies, fornecem madeira de boa
qualidade, porém, o abate de árvores de castanheiras em florestas naturais, é
proibido por lei, na medida em que servem de sustentação e subsistência para as
populações que vivem à base do extrativismo, desempenhando papel fundamental na
organização sócio econômica de grandes áreas extrativistas da floresta
Amazônica. Desta forma, se torna opção natural para o reflorestamento de áreas
alteradas em plantios puros ou sistemas consorciados.
Em geral, as castanheiras começam a frutificar aos
oito anos de idade, atingindo aos doze anos a regularidade na produção. É uma
espécie nativa de grande potencial para sistemas agroflorestais (SAFs) na
Amazônia.
As castanhas são sementes de forma angulosa que tem
uma amêndoa branca, gordurosa, nutritiva e saborosa, de alto valor econômico.
A noz da castanheira (fruto) é superpoderosa. Possui
nutrientes como ácidos graxos, vitaminas B e E, proteína, fibras, cálcio,
fósforo e magnésio. Mas a grande estrela é o selênio, um mineral altamente antioxidante que garante longevidade. Um estudo da Universidade de Otago, na
Nova Zelândia, afirma que
a ingestão diária de duas castanhas-do-Brasil eleva
em 65% o teor de selênio no sangue. No entanto, as castanhas produzidas no
Norte e no Nordeste do Brasil são tão ricas em selênio que bastaria uma unidade
para tirar o mesmo proveito. A recomendação é de que um adulto consuma, no
mínimo, 55 microgramas por dia.Imagem google |
O selênio combate, por exemplo, o envelhecimento das
células causado principalmente pelos radicais livres e previne o aparecimento
de tumores e doenças neurodegenerativas, como mal de Alzheimer e esclerose
múltipla. A tireoide funciona a pleno vapor na presença do mineral: se não
fosse ele, os famosos hormônios fabricados pela glândula não existiriam. Mas
não vá com muita sede ao pote: "Como qualquer oleaginosa, essa noz é rica
em gorduras. Cerca de 70% de sua composição é de ácidos graxos insaturados,
como os ômegas 3 e 6, as chamadas gorduras do bem". Mesmo assim, em
excesso, contribui para o aumento de peso. Uma única unidade contém 27 calorias.
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